Pais adotivos não são responsáveis pelo insucesso, afirma advogada

Pais adotivos não são responsáveis pelo insucesso, afirma advogada

A advogada do casal condenado por 'devolver' a filha adotiva, Eneida Helena Müller Marques Troncoso, disse que eles entendem não ser responsáveis pelo insucesso da adoção da adolescente. Eneida explica que, na realidade, a maior parte dos problemas comportamentais da menor são oriundos da situação vivenciada com a família biológica, empobrecida e chefiada por uma mãe alcoólatra, que expunha os filhos em situação de negligência e mendicância.  As informações são da Folha da Região de Araçatuba.

"Oriunda desta situação, a menor foi morar no lar do casal sem qualquer procedimento técnico de preparação e adaptação", comentou, ao destacar que a adoção é apresentada sob a perspectiva de assistência à criança em situação de abandono, como vivia a menina antes de ir morar com os pais adotivos.

 "Isto pode representar uma transferência de responsabilidade do Estado para a instituição familiar, correndo-se o risco de negar a verdadeira vinculação afetiva, essencial e imprescindível nas relações entre pais e filhos."

HISTÓRICO

Essa história começou, segundo a advogada, há praticamente nove anos, quando a menina, que morava na mesma cidade do casal, perto de São Paulo, ia à residência deles todos os dias para pedir comida, junto com um irmão, a mando da mãe biológica.

 A convivência com a criança fez com que a mulher se afeiçoasse a ela, quando, num certo dia, o casal resolveu levar a menina a uma festa de aniversário, mediante autorização da mãe biológica. "A minha cliente comprou roupas para a menor, o que a alegrou muito. Nessa época, a menina a chamava de tia e, insistentemente, pedia para vir morar com o casal", comentou.

De acordo com Eneida, o casal perdeu o ânimo de lutar pela menina, mesmo após ter buscado ajuda de psiquiatras, conselho tutelar, técnicos do Fórum. "O que realmente aconteceu foi que a menor não aderiu ao 'modus vivendi' da família que a acolheu, causando grandes transtornos aos pais, sendo que a mãe também necessitou de ajuda de psiquiatra", concluiu a advogada, que vai conversar com o casal para saber se irão recorrer da sentença.

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